Algo que vi nesses últimos dias foi que uma das melhores coisas de um mochilão são as surpresas.
Obviamente nem todas elas. Boa parte das surpresas com as quais você se depara são documentos esquecidos, mochilas rasgadas, albergues sem vagas, torneiras de água gelada, mulheres de tromba e por aí vai... (Não que eu já tenha passado por todas elas...)
Mas existem também surpresas boas. E o engraçado é que não precisa ser aquela coisa estrambólica para ser legal. Numa viagem dessas, coisinhas simples são também muito agradáveis.
Os meus dois últimos dias em Praga foram uma prova disso, quando achava que não tinha mais absolutamente porra nenhuma para ver na cidade. E estava desesperado para encontrar algo para preencher 48 horas.
Foi surpreendentemente fácil.
No primeiro dia saí com Saulo, um cearence que está fazendo intercâmbio na Romênia e veio passar o ano novo aqui com o grupo que eu conheci pelo Facebook.
Achei que seria um dia longo povoado de silêncios constrangedores, mas pelo contrário. Saímos caminhndo (leia-se burlando o metrô) pela cidade e não faltava assunto. Vimos onde era sua estação de trem e a minha de ônibus, passamos algumas horas no bom e velho MC Donald's.
Terminamos a noite no Irish Bar perto do grande relógio, conversando sobre a vida, o universo e tudo mais. Uma surpresa bem interessante foi ter encontrado uma garçonete búlgara que falava português muitíssimo bem. Ela aprendeu porque gostou de assistir a novela O Clone. E mais surpreendente ainda foi ser tratado muito bem por ela. (Não sei se já comentei, mas o atendimento aqui nos lugares turísticos é tenso. Mas tenso mesmo. Numa boate, uma garçonete ficou dando cotoveladas numa amiga a noite inteira sem algum motivo que pudéssemos compreender.)
(Minha vista estava assim.)
Voltar pro hostel ainda foi legal porque tive novos colegas de quarto. Um americano chamdo Austin que estava fazendo um mochilão ainda mais doido que o meu e o chinês Shao Wei, que mora na Alemanha e veio só conhecer a cidade por dois dias.
Conversamos bastante. Ou pelo menos o que Austin deixou, porque ele falava muito e não deixava mais ninguém falar.
Estava meio preocupado com o que fazer no dia seguinte, porque teria que fazer o check out no hostel e ficar mais de doze horas vagando pela cidade.
Saí com Wei para o castelo da cidade, que já tinha ido antes com o outro pessoal. Mas dessa vez paguei a entrada e vimos coisas realmente muito interessantes.
Quando Wei foi embora pra pegar o trem, lembrei que às duas horas haveria o encontro para o free tour, o que se revelou uma das melhores coisas que fiz em Praga.
Pela terceira vez fui para os mesmos pontos turísticos, mas agora com alguém me explicando e apontando detalhes que não tinha percebido.
Vale muito a pena.
COMO você achou alguém que fale mais que você?
ResponderExcluirEspero que tenha seguido a minha dica sobre comer fora do país.
E sobre tudo isso, só tenho uma coisa a te dizer: Até mais, e obrigada pelos peixes.
Pergunte pra Austin... Aí você vai ver...
ResponderExcluirEu não lembro da sua dica sobre comer fora do país?