No alto da minha ignorância nem sabia da existência desse lugar, mas fui lá com três paulistas que conheci num dos inúmeros free tours que fiz pelas cidades europeias. Nesse caso tive a sorte de estarmos hospedados no mesmo albergue e curtimos bastante juntos. Felipe, Luciano e Alexandre.
O negócio consiste basicamente em um ossuário gigante que eles colocaram nuns túneis subterrâneos que já tinham na cidade, porque os cemitérios estavam cheios e o fedor estava mais insuportável do que o dos vivos.
A parte mais interessante é que não contentes em só exumar corpos em putrefação para colocar em outro lugar, numa provável tentativa de extravasar a libido em arte, eles pegaram o fêmur e o crânio de todos eles e fizeram paredes decoradas. E em alguns locais ainda tem certas mensagens em latim e em francês tais como "para mim a morte é um ganho" e "mortos, levantem-se".
É um cenário morbidamente escuro que você fica com vontade de andar segurando uma tocha, mesmo com o risco de morrer asfixiado só para parecer que está num filme da Sessão da Tarde.
(Pare, é aqui o império da morte)
Depois é baiano que inventa moda.
Foi aí que conhecemos Pierre.
Quem andar por esses corredores vai notar que em vários lugares há ossos faltando, sobretudo crânios.Um dos rapazes, que não fui eu, numa sanha incontrolável por carregar restos mortais no bolso do casaco pegou um pedaço de costela que tinha por ali e levou embora. Na saída demos "bonjour" para o guarda e ele nem fez menção a revistar.
Acho até que eles devem estar estimulando o pessoal a levar esses souvenires pra casa... Sobra mais espaço pros próximos moradores...
[Desejo do fundo do coração não ter sido amaldiçoado por causa disso.]
que legal! nunca tinha ouvido falar sobre isso =)
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