domingo, 11 de março de 2012

Jess




Uma coisa que acho mais fantástico em Roma que em outros lugares é que a cidade surpreende o tempo inteiro pela grandiosidade. Não que ela seja a única assim na Europa, mas aqui é um pouco diferente. Por exemplo, em Paris, tem a Torre Eiffel, que é linda, mas é tão grande, que em quase que qualquer ponto da cidade, você consegue enxergá-la de longe.

Roma é interessante porque você fica caminhando pelas ruazinhas estreitas e quando dá por si, encontra obeliscos, igrejas, estátuas gigantescas e todo tipo de monumento com mais de mil anos meio que escondido, mas que se sobrepõe demais ao resto da paisagem.


E também pela comida. Pela primeira vez, não tive absolutamente nenhuma necessidade de sequer entrar num MC Donald's.


(Deu pra comer muito macarrão e muita pizza.)

Um dos lugares mais magníficos é a Fontana de Trevi, que não tem como enxergar de muito longe e se você estiver que nem eu estava, só andando sem saber o que procurava, é surpreendente, porque parece que ela se materializa e puf, tem um negócio do tamanho do universo na sua frente.

Tirando as hipérboles, a Fontana foi um dos lugares mais interessantes que vi. Fui lá umas cinco vezes, para fazer desejos, para beber, para tomar sorvete e para falar mal da vida dos outros.

A primeira coisa que vi lá é que a Fontana é realmente mágica. Eu achava que era só para jogar a moedinha de qualquer jeito e fazer um desejo. Mas depois pesquisei e vi que são coisas específicas: ao jogar uma moeda, você voltará a Roma, duas moedas encontrará um novo romance, e três moedas, se casará. Eu joguei três, mas uma de cada vez e na posição errada. O certo é jogar de costas com a mão direito sobre o ombro esquerdo. Eu joguei com força, na tentativa de ainda acertar um pombo kamikaze que voava por ali.

Joguei várias moedas. Moedas de euro e de real aparentemente foram bem aceitas. Na ocasião que resolvi me desfazer dos banis romenos, um pombo cagou no meu casaco. E soube de uma amiga de uma amiga minha, que roubou as moedinhas e jogou de volta, que assim que saiu da Fontana, quebrou a perna.

Para mim o mais divertido de tudo foi sentar lá por várias horas com Mariana e Jess (uma brasileira que fez intercâmbio na Hungria e depois foi lá curtir com a gente) e ficar tentando adivinhar a história das pessoas que passavam por ali. Vimos os orientais, os americanos e sobretudo os brasileiros. Era muito fácil identificar o brasileiro. Primeiro porque sempre usava tênis e segundo porque era os mais sorridentes nas fotos, com cara de que estava em Roma, apesar de dividir a passagem em 12x no cartão.


Provavelmente todos também nos identificavam como brasileiros, porque éramos os únicos a sentar lá para fofocar e falar dos outros em vez de apreciar a beleza das estátuas.

Vimos figuras bastante engraçadas, como um bando de coroas com tiaras de coelhinhas, adolescentes americanos com cara de que queriam cortar os pulsos e jovenzinhas britânicas vestidas indescritivelmente coloridas, cheias de adereços que cegam e penteados que uma mãe de verdade nunca permitiriam que usassem.





Foi uma dia muito engraçado.






(Video nada a ver com a Fontana)

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